La pure placenta du cœur
abrigos
afagos
anoitecidos
naquele olhar
cheio de limos
por não chorar
a derrocada
dos pingos
prisão
dos sonhos
esquecidos
sorvendo
a geada
dos infortúnios
naquele olhar
perfurado
de mar
ai menino
de loiça
e de feno
tampando de branco
os ombros
com as asas
arrancadas
dos anjos
vem para dentro
eu prendo-te
com um cordão
agora dentro do peito
Comments
Post a Comment